quinta-feira, novembro 10, 2005

Noite de Rebucados


Trazida 'as cavalitas pelo Andrew das barbas, entrei no auditorio maior.
Era uma noite especial.
A ma-lingua inevitavel de quem esta' num pais onde ninguem entende o nosso codigo linguistico teve de ser reprimida pois "eles andem ai". Portugueses dos Acores, de Faro, de Lisboa, com sotaque do norte 'a mistura com o de emigra, ingleses que falam portugues como os bebes... Quais criancas a espera de um rebucado.
Ela subiu ao palco. Senhora de negro. Os instrumentistas, em meia-lua 'a sua roda, ja' nos deliciavam com acordes tao familiares. E, naquela noite, o auditorio de madeira que parece uma caixa de sapatos transformou-se numa enorme sala-de-estar, um cantinho onde nao faltou o chourico e o pao caseiro (NB:trazido por POLACOS!) e a emocao.
Lagrimas e aplausos exigiram 4 encores. Dois belos poemas de Fernando Pessoa. A presenca e a voz que nos fizeram admitir um "orgulho em ser portugues". O climax com Primavera. A Mariza no Sage.


Sentir e' estar distraido.

-Alberto Caeiro, Fernando Pessoa

1 comentário:

Nikas Nana disse...

E eu que sou distraída...